sábado, 13 de setembro de 2008

O quintal


pra chegar na porta dos fundos da minha casa, antes tem que passar pelo quintal de chão de terra... logo assim que se atravessa o corredor comprido que vem da rua, se chega logo nele... lá tem de tudo plantado... tem erva de cheiro: arruda, alecrim, manjericão... tem erva de gosto: salsa, cebolinha e hortelã... tem legume fresquinho: aipim, cenoura e tomatinho... e tem é muita árvore de fruta... pitanga, mangueira e carambola... tem caju, tem abacate e tem mamão... tem espaço pra correr e pra brincar... tem varal de roupa branca secando no sol... tem varal debaixo de telheiro pra secar a roupa quando chover... tem tanque grande de lavar muita roupa... tem cheiro de sabão perfumado quando o vento bate naquela que já tá secando... no quintal tem sombra e tem sempre sol... tem rede pra se deitar...tem balanço pra se embalar... de noite dá pra ver a lua e contar estrela... em dia de chuva sobe o cheiro de terra molhada... o chão enlameia o sapato de quem entra na casa... a ana que te recebe no quintal é moleca... tá sempre suada de brincar de correr entre as árvores... tem o rosto sujo de passar a mão empoeirada na cara pra secar o suor... às vezes você a encontra escavando o chão a procura de minhoca e caramujo, fazendo fóssil de formiga em massinha de modelar... às vezes tá debaixo de um pé de fruta se lambuzando toda... mas tá sempre de cara boa esperando alguém pra brincar de pique-esconde ou de chicotinho-queimado...

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